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Iuna Falcão apresenta EP homônimo, um ensaio da sua reconexão com a ancestralidade

Foto/Divulgação

Como um ato de resgate e reencontro com suas raízes indígenas, Iuna Falcão delineia o seu primeiro projeto musical, um EP homônimo. A cantora e compositora nascida em São Luís do Maranhão imprime influências extraídas de memórias afetivas junto às referências que carrega atualmente. Fruto de um processo intenso ao longo de 2 anos, o EP Iuna Falcão chega às plataformas de streaming no dia 2 de dezembro (ouça aqui). 

“Busquei trazer sonoridades que me rodearam ao longo da minha infância, os ritmos que minha família ouvia nos finais de semana, como o samba, o reggae e outras sonoridades da cultura negra, para então fazer uma união com composições que versam sobre a ancestralidade”, explica Iuna. Ao longo de três faixas, “Transe”, “Estrela” e “Nosso Jardim”, a artista simula a nascente de um rio. “O EP começa de modo sinuoso, por entre pedras, e vai tomando a forma e a força que ele precisa para desaguar em uma grande cachoeira de emoções que existe dentro de mim”, complementa ela. 

Neta da primeira radialista do Maranhão, Maria Falcão, Iuna e os irmãos tiveram acesso fácil a várias vertentes da música. Djavan, Aline Frazão e Yusan Band são nomes que se destacam no leque de referências da artista. A canção “Nosso Jardim” é como uma carta às muitas relações que atravessaram a vida da cantora. “Sou intensa nas minhas trocas e amo escrever sobre isso, sobre as milhares de formas e momentos do amor em minha vida. No momento, eu venho me apaixonando todos os dias pela mesma pessoa, minha esposa”, declara Iuna. 

“Estrela”, que traz Lucas Cirillo assinando a composição, faz referências as yabás. “A negritude faz parte de quem eu sou, dos meus medos e anseios, das minhas vitórias e, junto dela, veio essa herança divina de quem eu falo na música ‘Estrela’. As divindades que vivem e reinam plenamente em minha existência, e eu senti que precisava reverenciar essas energias”, explica ela. 


O EP é completado pela faixa “Transe”, em que a artista versa sobre sua conexão com a água e como este elemento a influencia em todas as áreas da vida. “Em ‘Estrela’ eu já falo como essa relação se cruza com o meu amor e gratidão por Orixá e, principalmente, por Oxum, rainha soberana das águas de rio e das cachoeiras e da minha existência, rainha do ouro e senhora das emoções. Por último, eu falo sobre o amor, que é algo sobre o qual eu amo falar e cantar”, finaliza ela.

Terceiro elemento da Amores Sonoros (resenha interna), baiano da gema (graças a Deus), fluente em baianês, jornalista musical por amor, assessor de comunicação por profissão. A linha tênue entre o irônico e extremamente empolgado nos sons que escuta.

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