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MAX.B.O transborda sua criatividade para as artes plásticas e lança sua primeira exposição: ‘Ojú Adé – o Olho da Coroa’

Foto: Mariana Harder

A pandemia do coronavírus foi e continua sendo, para muitos, um verdadeiro divisor de águas quando falamos sobre sobreviver de arte sobretudo quando estamos conversando sobre a seara independente e preta no Brasil. Dentro dessa perspectiva que a mente criativa de MAX.B.O, um dos principais nomes do rap nacional, transbordou e resultou em uma exposição que vai até 15 de setembro, no Tendal da Lapa, em São Paulo.

A iniciação no universo das artes plásticas começou com colagens, por meio da criação do Colarteum, perfil onde reúne suas obras. “Comecei com cola, papel e tesoura. Não queria usar mais nada, nem estilete”. Para um cara que arquiteta cada palavra de suas rimas numa velocidade de pensamento impressionante, só esses itens pareciam pouco. Foi, então, que começou a incorporar em seu trabalho as peças do cotidiano: parafusos de trilho de trem, moedas, chaves e até um relógio quebrado do próprio artista.

Expondo essas criações, inicia a mostra ‘Ojú Adé – o Olho da Coroa’ no Tendal da Lapa, a partir do dia 10 de agosto. A icônica exposição se divide em três principais pilares: uma passagem pelo período das colagens com homenagens a Maria Bethânia e Gilberto Gil;  um mergulho profundo por obras finalizadas em resina epóxi com desenhos, colagens de objetos como botões, plugs de mixer, búzios, entre vários outros; e sua série mais recente, composta por 26 azulejos, intitulada “Orixás, Santos Pretos e Entidades”, com ícones como o Panteão do Candomblé, Zé Pilintra, Santa Sara e Caboclo de Lança.

Colagem de Maria Bethânia que está na exposição de Max

“Algumas dessas são inspiradas em meus ancestrais e meus guias, como Sultão das Matas e Capa de Aço, entidades do Ilé Asé Opo Baragbo, minha casa de Asé”, destaca.

A exibição conta ainda com “Ogó”, uma escultura feita especialmente para essa estreia, além do quadro “Criolé sobre o Chão do Vai Vai”, um dos mais significativos. A obra é uma homenagem a Otávio Câmara do Nascimento, criador do personagem que está reproduzido com pintura, lantejoulas e um pedaço do piso da demolição da escola de Samba Vai Vai, onde Max faz parte da ala dos compositores.  

“Meus trabalhos são patuás de parede. Elas trazem significados peculiares e energias dos objetos que elas carregam”.

“Ojú Adé”, nome de iniciação do artista no candomblé, significa “Olho da Coroa”. A curadoria é do grafiteiro Bonga e da galerista Ceres Macedo.

SERVIÇO

Ojú Adé – o Olho da Coroa no Tendal da Lapa

10 de agosto a 15 de setembro

Terça a sexta das 09h até 20h | Sábado das 09h até 15h | Aos domingos, de acordo com a programação (vide horário de funcionamento nas redes sociais)

Entradas gratuitas

R. Guaicurus, 1100 – Água Branca, São Paulo – SP, 05033-002

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