Para quem acompanha com frequência as publicações tanto da plataforma quanto das redes sociais da Amores Sonoros, sabe a importância que tem essa plataforma. Divulgar e expandir os horizontes de outros artistas pretos é de extrema importância, e é dentro desse processo que percebemos e constatamos como a cena musical de uma cidade/estado é imensamente plural.
Na última segunda-feira, a cantora, compositora, atriz e poeta Bel4triz lançou o single “Visões”, com direito também a um videoclipe. A artista apostou na parceria que já vem dando certo dentro de suas produções, com o produtor musical Alef Donk. A novidade aqui é a estreante – não tão estreante assim – Laizza, também atriz, humorista e cantora.
Dentro dessa necessidade multifacetada que os artistas independentes precisam adotar, Bela conta nessa entrevista exclusiva para a Amores Sonoros como ela enxerga e se conecta para a construção do novo single. “Alef Donk que fez o beat e me mandou porque ele achou a minha cara. E aí eu já escrevi esse som, que ficou parado 1 ano mais ou menos e a gente procurando alguém que encaixasse. E Alef lembrou de Laizza”, relatou Bel4triz.
O processo, apesar de demorado, no fim das contas foi muito simples. A troca de referências, fotos e maneiras da concepção do videoclipe levou cerca de 5 meses, segundo a cantora. Na época, Laizza estava no Rio de Janeiro com outros projetos pessoais e admite que ficou surpresa com o convite. “E eu percebi que a música era a minha cara. Poderia ser meu recomeço, uma nova versão de mim e eu aceitei na hora. Meti as caras, meti a voz e hoje tá aí na pista e estamos muito felizes com o trabalho”, contou Laizza.
A carreira de Laizza começou em meados de 2013/2014 com ela postando covers e cantando na igreja. A partir disso, iniciou seu canal no Youtube postando uma paródia de uma canção de Justin Bieber. Desde então não parou mais, e de uns anos pra cá apostou em músicas autorais gravadas em selo carioca. Com o rompimento desse selo ela retorna à Salvador com o desejo de focar mais em sua carreira musical, já que apesar de também seguir uma carreira de humorista e atriz, o sonho dela sempre foi ser cantora.

Na capital das misturas e terra de diversos gêneros musicais, Bela se encontra no Black Music (R&B, Trap, Boombap). Inspirada por Ebony, a cantora soteropolitana percebe as oportunidades para criar suas próprias músicas e falar sobre suas vivências. “Até então eu não me identificava [com o trap] porque era muito homem falando de mulheres e eu falava “eu não vou cantar isso, né”?”, disse Bela.
Muito se fala sobre a nova cena soteropolitana e como ela tem gerado frutos interessantíssimos. Pauta abordada também no Museu Cidade da Música da Bahia, com alguns espaços exclusivamente para estes novos artistas. Contudo, na prática as coisas funcionam de forma bem diferente. “A cena de Salvador eu acho muito limitada, sabe? Existe uma barreira, culturalmente falando, as pessoas ficam muito presas a um gênero que foi estabelecido aqui”, relata Bel4triz.
Já Laizza avalia que por conta dessa limitação, ela teve que ir para o Rio de Janeiro para vislumbrar uma carreira musical. Mas que depois percebeu que é sim possível fazer a diferença dentro da cena soteropolitana, fazer música e levar o nome de Salvador.
Ainda estamos vivendo em período pandêmico, mas os números do Covid-19 estão diminuindo cada vez mais, com o avanço da vacinação. Eventos estão sendo liberados de forma gradativa pelos governos estaduais e municipais. Com esse indício, Bel4triz anseia pelo retorno dos shows presenciais e Laizza segue a mesma linha.
Já virei fã…. 😍😍😍😍😍
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Parabéns meninas, a música e o clipe ficou muito foda! Sou fã! 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
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