Atualização da playlist Cena Preta com Anna Victória

De São Paulo, capital, convidamos pra essa edição da play Cena Preta, a jornalista Anna Victória!

Graduanda em jornalismo na ESPM-SP, que ela afirma ser um verdadeiro ato de resistência, é repórter de Carreiras e Empreendedorismo no Estadão. Atualmente, também está escrevendo um livro-reportagem sobre encarceramento em massa e prisões forjadas.

Além disso, Anna é uma das criadoras do projeto Esse Amor Era Cilada, voltado para conscientização sobre relacionamentos abusivos. Apaixonada por arte desde que se entende por gente, ela escreve poemas e publica alguns na página Correnteza Lírica. Dentre as artes que ajudam a sobreviver e a viver, a música é o alimento que mais a nutre todos os momentos dos seus dias. Ela preparou uma playlist gostosinha pra gente, disponível no Spotify, Deezer e YouTube, bora conferir!

Antes de dar o play se liga na conversa que tivemos sobre a sua curadoria dessa ediçao.

Amores Sonoros – Como foi que você conheceu o Amores Sonoros?
Anna Victória – Então eu conheci o Amores Sonoros pelo Gustavo. A gente se seguiu no Twitter e eu acabei vendo a página e achei, assim, um projeto muito, muito, muito incrível porque eu sou uma grande apreciadora de música preta e amo muito, muito mesmo e eu acho que é um projeto muito importante.

Principalmente dando essa visibilidade pra cena musical independente e fortalecendo o corre de várias pessoas, né? Eu acho que é um projeto incrível e que eu acredito muito no potencial, sabe?

AS – Rolou algum critério na seleção das músicas? Se sim, quais? Gosto pessoal, referências?
Anna – Olhem, rolou sim um critério! Como uma pessoa apaixonada por música na minha playlist, ou melhor uma das minhas playlists, né? Tem mais de duas mil e trezentas músicas então assim eu sou muito apegada e eu gosto demais se eu pudesse colocar ali eu colocaria quinhentas músicas fácil (risos), mas não dá, né?

Então assim, eu tive que fazer um critério sim, eu escolhi as músicas mais recentes que eu estava ouvindo, se não eu pegaria muitas músicas antigas e acho que eu queria trazer uma uma pegada assim, músicas mais novas que eu estou gosto bastante também que eu tenho escutado no meu dia a dia e diferentes artistas também, de diferentes localidades, né? Então brasileiros, nigerianos, uma angolana, uma portuguesa, alguns americanos, bom, é isso, uma diversidade de artistas e todos são referências, são pessoas que eu eu escuto, que eu me inspiro e que no dia a dia, me dão aí essa força para enfrentar de uma maneira mais leve, porque eu acho que a música faz isso com a gente.

AS – De que forma as músicas e/ou os artistas que você selecionou impactam em seu dia a dia?
Anna – A música pra mim tá no dia dia, né? Em tudo, tudo que eu faço, eu sou a pessoa que passa o dia inteiro ouvindo música, eu tô trabalhando, estudando, tô fazendo, enfim qualquer coisa, cozinhando, eu tô sempre ouvindo música. Pra mim a música ela tem esse papel, ela me guia no meu dia a dia mesmo.

Então assim, cada música ali eu acho que são músicas muito diferentes, né? Eu coloquei vários tipos de músicas, várias vibes diferentes, mas eu acho que cada uma delas tem um impacto gigantesco sobre mim, sabe? Com letras que me tocam, tocam o coração, acho que todas elas me tocam de alguma maneira, assim, muito pessoal e muitas delas eu tenho muitas histórias com cada uma dessas músicas também então acho que é isso, né? Quando a gente coloca uma música de uma outra pessoa preta muitas vezes essa música conversa com a nossa história também, sabe? Acho que é muito isso!

AS – E se você pudesse escolher UMA favorita dentro de todas da playlist, qual seria?
Anna – Se eu tivesse que escolher uma, olha vocês tão pedindo pra uma pessoa com ascendente em gêmeos, aí gente eu falei de signos (risos), mas é verdade, é muito difícil pra mim escolher uma coisa só, é muito difícil, muito muito mesmo (risos).

Então assim, eu vou falar pelo meu momento, eu coloquei “Vivos” do BK, e essa música nesse momento da minha vida, ela tem me dado muita inspiração, sabe? Pra fazer o meu corre e conseguir alcançar as coisas que eu quero. Porque isso, né? Estamos vivos e precisamos fazer! Então, nesse momento eu escolheria essa, mas eu eu não sei se poderia dizer que essa é a música que mais me representa de todas, sabe? (risos) Eu não sei, eu viajei muito pra responder essa, mas é verdade.